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Sustentabilidade e finanças pessoais: a combinação perfeita para o futuro

Sustentabilidade e finanças pessoais: a combinação perfeita para o futuro

Será que podemos aplicar o exemplo dos 3 “R” nas finanças pessoais? Muitas vezes pensamos que as finanças pessoais e a sustentabilidade ambiental são temas que não estão relacionados, mas existe uma relação estreita entre ambos que pode beneficiar tanto o nosso bem-estar financeiro como o ambiental.


Publicado em 27 de Outubro de 2023 às 16:45
Por Grupo Ageas Portugal

O termo sustentabilidade é tipicamente associado à preservação do planeta Terra, do meio ambiente e à transição climática e energética que urge implementar. Atualmente é definida por uma abordagem holística que considera as dimensões ambiental, social e económica, que em conjunto devem ser consideradas para atingir uma prosperidade duradoura. Mas quando abordamos a sustentabilidade ambiental dos recursos, de um modo mais conceptual, poderíamos definir como a capacidade de gerar mais recursos do que os consumidos, viabilizando a sua permanência para as gerações vindouras. Por este prisma, se poupar for a capacidade de gerar mais recursos (monetários) do que os consumidos, torna-se possível aplicar este conceito de sustentabilidade às finanças, nomeadamente pessoais. Para o caminho da sustentabilidade das finanças pessoais, é fundamental disseminar o conhecimento e aplicá-lo no nosso dia a dia.

A literacia é fundamental, e porquê?

Somos sensibilizados desde crianças para a temática da sustentabilidade (ambiental), contudo o tema na sua abordagem holística está na ordem do dia nas escolas, nas faculdades, no mundo corporativo, nas instituições governamentais e redes sociais. Hoje, todos nós temos a capacidade de tomar microdecisões que podem contribuir para um planeta mais sustentável. Para este efeito muito se deve à forte aposta na formação durante o percurso académico das crianças e jovens. Ora, tal não se observa com o tema “dinheiro”, ausente dos conteúdos programáticos das escolas, sendo ainda um tema tabu na sociedade portuguesa. Desta forma é crucial introduzir na jornada dos mais novos conceitos de rendimento, despesa, investimento, orçamento, seguro, financiamento, produtos de investimento disponíveis, etc. Dar aos mais novos estes conteúdos facilitará a construção de uma sociedade mais consciente, conhecedora e confiante para empreender.

Como podemos aplicar o exemplo dos 3 “R” nas finanças pessoais?

Relativamente à componente prática, usemos o exemplo dos 3 “R”: reduzir, reutilizar e reciclar para aplicar às finanças pessoais.

No capítulo do reduzir, precisamos de reduzir a nossa pegada carbónica, diminuindo o consumo de combustíveis fósseis, responsáveis pela emissão de CO2 e de outros gases com efeito de estufa que estão a impactar a vida de biliões de pessoas e seres vivos. As finanças pessoais sustentáveis começam também pela redução do consumo do nosso “combustível fóssil”, o dinheiro, que também se esgota. Evitar a compra daquele bem mais “poluente” (seja ele o relógio, o carro ou a peça de roupa de gama mais alta, ou algo que não seja necessário) ajudará a preservar o nosso património, neste caso financeiro. Reduzindo gastos desnecessários disponibilizamos mais recursos que poderemos aplicar em alternativas mais sustentáveis.

Por outro lado, podemos reutilizar o dinheiro. Utilizar o rendimento gerado pela poupança para o aplicar no seu próprio reinvestimento torna a sua reutilização mais rentável e lucrativa. Caminhos possíveis são, por exemplo, o efeito do juro composto ou a funcionalidade de acumulação disponível em alguns produtos financeiros, nos quais o rendimento gerado é reinvestido nesse mesmo produto gerando mais rendimento no ano seguinte, viabilizando o crescimento progressivo da mais-valia.

Por fim, quando pensamos no R de reciclar, lembramo-nos imediatamente do separador do lixo que temos na nossa casa, em que colocamos separadamente os vários tipos de materiais como o cartão, o vidro ou o plástico. Da mesma forma podemos separar o que sobra dos nossos recursos financeiros em diferentes “cestos”, sejam eles projetos pessoais, investimentos imobiliários ou produtos financeiros dos mais variados tipos (PPR, fundos de investimento, ETF, depósitos a prazo, ações, seguros, etc.), sempre conhecedores do produto em si, do nosso perfil de investidor e dos seus potenciais riscos e retornos. E daí a importância do conhecimento e formação já mencionados.

Em conclusão, a transição energética que o mundo precisa pode também ser transposta para a transição monetária a aplicar por cada um no seu dia a dia. O importante será conhecer os conceitos básicos do mundo financeiro, as nossas características de aforrador e investidor, e tomar ações coerentes com essa estratégia e perfil. Só assim seremos sustentáveis na nossa gestão pessoal.