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Automação é sinónimo de empresas melhor preparadas e pessoas mais capacitadas

Automação é sinónimo de empresas melhor preparadas e pessoas mais capacitadas

A adoção de tecnologias avançadas já é uma realidade na economia portuguesa, sendo que, o contexto de pandemia veio acelerar os processos de robotização. Perante a eliminação de empregos mais rotineiros, os especialistas contrapõem com a criação de novos postos de trabalho que trazem novas competências ao seu setor.


Publicado em 17 de Janeiro de 2022 às 12:09
Por Cofina Boost Content

A tecnologia digital, a automação e a inovação estão a ter impacto na organização do trabalho sobre diferentes setores de atividade, sendo certo que trazem melhorias na produtividade e experiência de consumo.

De acordo com o inquérito realizado pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), “Who is prepared for the new digital age? – Evidence from the EIB Investment Survey”, o cenário de pandemia da covid-19 veio aumentar o papel da tecnologia digital na manutenção do dia a dia, da atividade económica e social e na prevista recuperação dos negócios. Refere ainda que a pandemia pode mesmo criar as condições para se iniciar “uma nova era digital, acelerando a maturidade da tecnologia digital. O que antes era ‘bom ter’, agora pode-se tornar ‘crucial ter’”.

Este relatório analisa o investimento e a adoção de tecnologias digitais pelas empresas na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos da América (EUA) e fornece evidências sobre o melhor desempenho das empresas digitais em comparação com as não digitais.

Olhando para a realidade portuguesa, o documento do BEI conclui que “as taxas de adoção do digital em Portugal estão acima da média da UE para todos os setores, exceto para manufatura, e também acima da média dos EUA para o setor de serviços e, ainda mais, para infraestrutura”.

O mesmo relatório detalha que quase 60% das empresas digitais portuguesas afirmam ter aumentado o número de funcionários nos últimos três anos, em comparação com 50% das empresas não digitais.

Em Portugal, ao contrário da União Europeia e dos EUA, a produtividade média do trabalho não difere entre empresas digitais e não digitais. No entanto, “o salário médio por funcionário é ligeiramente superior para as empresas digitais do que para as não digitais, mas ainda abaixo da média do da União Europeia”. No que se refere aos obstáculos relatados pelas empresas para o investimento no digital, “a regulamentação dos negócios e tributação” é o mais citado por empresas digitais, enquanto a “falta de disponibilidade de pessoal” é o mais apontado por empresas não digitais.

O salário médio por funcionário é ligeiramente superior para as empresas digitais do que para as não digitais, mas ainda abaixo da média do da União Europeia.

Novos empregos vs. perda de postos de trabalho

Como aferir, no mercado português, se a robotização e a maior adoção de inteligência artificial (IA) estão a tornar as organizações mais eficientes e a ter impacto positivo nos colaboradores? O estudo “O futuro do Trabalho em Portugal: O imperativo da Requalificação”, da autoria da Confederação Empresarial de Portugal e da NOVA SBE, faz o ponto de situação quanto ao recurso à robotização e conclui que “Portugal apresenta um elevado potencial de automação, em que 50% do tempo despendido em tarefas laborais é suscetível de ser automatizado recorrendo a tecnologias já existentes, podendo o mesmo aumentar para 67% em 2030, mediante o aparecimento de novas tecnologias”.

O mesmo estudo explica que a taxa de adoção de tecnologias de automação face ao potencial na próxima década “depende de diversos fatores, tais como o preço do investimento em equipamentos, a resistência a novas tecnologias, e o ciclo económico”.

De acordo com a avaliação dos autores do relatório, o cenário base assume que, em Portugal, “metade das tarefas que têm potencial de ser automatizadas serão automatizadas até 2030. Este cenário base implica uma redução de 1,1 milhões de postos de trabalho”, e detalham que as maiores reduções de postos de trabalho em consequência da maior automação “estão concentradas em ocupações previsíveis e físicas, processamento e recolha de dados, e nos setores da manufatura, comércio por grosso e a retalho, suporte administrativo e governo, e agricultura”.

Ainda assim, antecipam que para o mesmo cenário de adoção de automação, entre 600 mil e 1,1 milhões de novos empregos também poderão ser criados, devido “ao crescimento direto dos setores ligados à oferta e manutenção de tecnologias ligadas à automação e ao crescimento económico que tem origem no aumento da produtividade que a automação proporciona”.

Os autores do estudo salientam ainda que a criação de emprego dependerá das medidas adotadas pelo Estado em resposta à automação e da geração de novos tipos de ocupação.

No mesmo estudo pode ler-se ainda que “independentemente do número de postos de trabalho criados ou perdidos em termos líquidos, cerca de 700 mil trabalhadores terão de alterar a sua ocupação ou adquirir novas competências até 2030. Este é fundamentalmente o grande desafio feito pela automação”. Em suma, é preciso que a força de trabalho se requalifique atempadamente, para que os postos de trabalho criados em ocupações e setores diferentes possam ser ocupados pelos trabalhadores que viram a sua ocupação automatizada.

Cerca de 700 mil trabalhadores terão de alterar a sua ocupação ou adquirir novas competências até 2030.

João Cerejeira, economista e professor na Universidade do Minho, confirma que há um conjunto muito grande de funções que paulatinamente têm vindo a ser substituídas por tecnologia. “Tal como a tecnologia anterior conseguiu substituir tarefas manuais de natureza rotineira, também a inteligência artificial e sistemas mais complexos começam a substituir algum trabalho de natureza mais intelectual com competências mais cognitivas”, diz o economista.

João Cerejeira refere como exemplo o caso dos atendimentos automáticos, dos chats já com um automatismo elevado, parte dos serviços bancários e serviço a nível fiscal. E admite que esta automação acaba por ter um efeito sobre as profissões e ocupações que estão no meio da distribuição, ou seja, de complexidade intermédia.

Reconhece que há profissões mais manuais que não podem ser substituídas por máquinas, como, por exemplo, “aquelas que são não rotineiras, como o cuidado de idosos, serviço de auxiliares na área da saúde, restauração, hotelaria, entre outras. Continua a haver um conjunto de funções, mesmo menos qualificadas, mas em que a automação é muito mais difícil.”

João Cerejeira socorre-se de estudos sobre a digitalização, tanto na União Europeia como nos EUA, que concluem que “as empresas que estão mais digitalizadas, ou seja, que introduzem tecnologia nos processos de gestão, na relação com os clientes, na parte produtiva têm ganhos de produtividade significativos. Este processo tem esse efeito de aumentar a produtividade.”

No caso português, o professor de Economia identifica ainda algumas barreiras quanto à adoção das tecnologias mais avançadas dizendo que, “por um lado, precisamos de equipas de gestão com melhores níveis de formação para poderem aproveitar essas oportunidades”, e, “por outro, ao nível da infraestrutura, mesmo em relação à banda larga, há ainda muitos locais no interior que ainda não têm um acesso eficiente”.

As empresas que estão mais digitalizadas, ou seja, que introduzem tecnologia nos processos de gestão, na relação com os clientes, na parte produtiva têm ganhos de produtividade significativos.

João Cerejeira, economista e professor na Universidade do Minho

Do lado dos colaboradores, João Cerejeira assume que “há ganhadores e perdedores, uma vez que vamos ter eliminação de postos de trabalho ao mesmo tempo que haverá criação de emprego e alteração das funções e das competências em postos de trabalho existentes. E isto vai ser importante para um desenvolvimento acelerado.” Por isso, sugere que é importante que Portugal consiga ter um sistema de formação de ativos que seja eficiente. Ou seja, permitir que as pessoas que estão na idade ativa façam requalificação, e ganhem novas competências adaptadas aos novos tempos.

Sobre esta temática, o sócio da sociedade de advogados Cerejeira Namora, Marinho Falcão, e o especialista em temas relacionados com a tecnologia, Eduardo Castro Marques, lembra que “sendo conhecidos os inúmeros desafios estruturais que o nosso mercado laboral tem enfrentado ao longo das últimas décadas, muitos são aqueles que defendem que estamos, hoje, perante uma ‘Quarta Revolução Industrial’”.

Eduardo Castro Marques destaca que “as alterações potenciadas pela inovação tecnológica – com especial destaque para a expansão das plataformas digitais, o desenvolvimento da inteligência artificial, da robótica e da automação – têm vindo a criar múltiplos novos desafios, com incontestáveis repercussões no plano das relações laborais, das condições de trabalho e da própria proteção social”.

Para o advogado, o impacto da automatização, da robótica e da inteligência artificial no crescimento das organizações é uma realidade, sendo diversos os planos e perspetivas em que se faz sentir. Eduardo Castro Marques detalha que os vários estudos que têm vindo a ser realizados identificam os efeitos, por exemplo, ao nível da produtividade laboral. Isto porque, nas suas palavras, “Portugal enfrenta, há muito, um sério problema de produtividade, apresentando índices significativamente baixos, por comparação com os demais países da União Europeia”. Por isso, defende que “as inovações conduzidas pelas referidas ferramentas permitirão delegar tarefas de baixo valor (tarefas rotineiras e repetitivas), maximizando, por conseguinte, a produtividade e eficiência dos trabalhadores nas tarefas mais complexas, nas quais não podem aqueles ser substituídos (por exemplo, aquelas que envolvem criação e inovação)”.

O advogado socorre-se também do estudo realizado pela CIP e NOVA SBE para dizer que, em 2019, cerca de 52% do tempo laboral despendido em Portugal foi em tarefas repetitivas, com 70% de potencial de automação, sendo que apenas 13% dos trabalhadores desempenham tarefas não rotineiras e de elevada qualificação. E refere que se prevê, de acordo com um estudo da Accenture, que o impacto das tecnologias de IA nos negócios aumente a produtividade laboral até 40% e permita aos trabalhadores utilizar o seu tempo de forma mais eficiente.

O impacto das tecnologias de Inteligência Artificial nos negócios aumente a produtividade laboral até 40% e permita aos trabalhadores utilizar o seu tempo de forma mais eficiente.

A mesma fonte identifica, ainda, o impacto no crescimento económico e no aumento da rentabilidade. Isto porque, “a utilização e desenvolvimento de tais ferramentas conduz a uma importante difusão da inovação, o que permitirá a otimização de cadeias de produção, a agilização de cadeias de distribuição, a melhoria da eficiência dos processos, a eliminação de custos redundantes, a geração de novos fluxos de receitas e o consequente aumento da rentabilidade nas organizações”.

Eduardo Castro Marques não tem dúvidas de que, na perspetiva dos trabalhadores, o impacto da IA, da digitalização e da robotização “se repercute, com especial incidência na qualidade do trabalho, na (maior) flexibilização da relação laboral, e no alcance da (tão desejada) conciliação da vida profissional com a vida pessoal”. Para o sócio da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, a presença da inteligência artificial, da automação e da robótica nas empresas portuguesas é já uma realidade. A título de exemplo refere que, de acordo com os dados do INE (“Inquérito à Utilização de Tecnologias de Informação e da Comunicação pelas Empresas”), em 2020, 13% das empresas com dez ou mais pessoas ao serviço utilizavam dispositivos ou sistemas interconectados que podiam ser monitorizados ou controlados remotamente através da Internet e 9,1% utilizavam robôs industriais e/ou de serviço. No entanto, sublinha que “há ainda um longo caminho a percorrer. É, de facto, incontornável a conclusão de que a maturidade digital das empresas portuguesas muito deixa ainda a desejar.”

Robôs e pessoas de mãos dadas

Como é que alguns setores, “tradicionalmente” de pessoas, estão a encarar esta tendência pela robotização? O diretor de recursos humanos do Grupo UIP, proprietário do YOTEL Porto – que oferece uma forte componente tecnológica e os dois robôs Yolinda e Yogiro, que fazem entregas nos quartos –, Jaime Sarmento, defende que “a aposta na robotização e digitalização de serviços vai permitir desenvolver novos conhecimentos, que irão além dos conhecimentos que temos hoje em dia”. Jaime Sarmento refere que esta é uma evolução que “tem obrigado os recursos humanos a atualizarem-se, a adquirirem mais conhecimentos de diferentes áreas e, assim, desenvolverem novas competências”. Acredita que a inteligência artificial e a sua ligação à gestão de recursos humanos “é mais um passo na evolução que esta disciplina tem tido e não é apenas por ela que se requerem os melhores técnicos para as organizações. Iremos continuar a querer as melhores pessoas e torná-las nos melhores técnicos”. O mesmo responsável reconhece que a hotelaria “é sustentada na ação de pessoas, independentemente do papel que desempenham no momento, logo toda a componente emocional existente será difícil de substituir pela inteligência artificial. Não equacionamos, nos nossos produtos, a substituição do ser humano.” No entanto, admite que “a adoção da inteligência artificial nesta realidade hoteleira procura simplificar processos e apoiar os recursos humanos, no sentido em que estes possam ser direcionados para outras atividades mais relacionais, mas também permitir um alcance mais abrangente do que podem ser as expectativas de um determinado mercado”. Detalha que, hoje o mercado “é composto por uma geração cuja otimização e simplificação das ações através do uso de tecnologia é preferencial, até outra geração para a qual os processos realizados de forma tradicional são um valor acrescentado. Ao oferecer as várias componentes, podemos exceder as expectativas de quem nos procura. Nesta unidade, a utilização da automação estende-se por vários serviços. A app do YOTEL Porto permite o tratamento dos dados dos clientes e a realização do check-in à distância, sem ter de passar pela receção do hotel. Esta tecnologia permite uma estada totalmente controlada pelo cliente, desde o check-in automático ao controlo dos equipamentos tecnológicos e iluminação dos quartos.

No setor das telecomunicações, é inevitável haver uma automação cada vez maior, logo há que adaptar os colaboradores para esta realidade. A diretora da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), Sandra Fazenda Almeida, lembra que “a aposta das empresas em soluções tecnológicas, envolvendo nomeadamente a cloud, inteligência artificial, automação, machine learning e analítica de dados, foi claramente acelerada por estes quase dois anos de pandemia”. Nas palavras de Sandra Fazenda Almeida, a explicação é simples: “Para se manterem no mercado, as organizações têm, cada vez mais, e antes de tudo, de ser digitais. E as vantagens em termos de ganhos também são claras e passam pela redução dos custos operacionais, a integração de processos, por implementações mais rápidas, aumento da produtividade e maior capacidade de resposta e de reajustamento das suas ofertas às necessidades e desejos dos seus clientes/consumidores.”

Para se manterem no mercado de trabalho, as pessoas terão de apostar nas suas competências, sabendo requalificar-se para este novo mundo e apostando até numa formação contínua.

Sandra Fazenda Almeida, diretora da APDC

A diretora da APDC acredita que os colaboradores saem beneficiados com esta aposta na tecnologia. Isto porque “ficam em organizações mais competitivas e preparadas para o mercado. Depois, porque terão de ganhar novas competências e qualificações tecnológicas, passando a desempenhar funções com maior criação de valor, ao invés de funções meramente automáticas”. Aliás, salienta ainda Sandra Fazenda Almeida, “esse processo já começou com a pandemia e com a necessidade de recurso massivo ao teletrabalho, que veio criar novas condições para desempenharem as suas funções, através das ferramentas tecnológicas disponíveis. De tal forma que está a mudar completamente o mercado de trabalho, a evoluir neste momento para um modelo híbrido”. Perante a ameaça de a automação cortar postos de trabalho, Sandra Fazenda Almeida contrapõe com o facto de estarem a ser criados novos empregos que “poderão compensar as perdas dos postos de trabalho menos qualificados. Máquinas e humanos trabalharão sempre juntos, mas será sempre o ser humano quem fica com as tarefas mais complexas e com as decisões”. Contudo, “para se manterem no mercado de trabalho, as pessoas terão de apostar nas suas competências, sabendo requalificar-se para este novo mundo e apostando até numa formação contínua”. Por isso, destaca a importância da implementação de programas, como o UPskill, criado pela APDC, que “visam exatamente dar novas oportunidades a quem quer mudar de vida e ter um emprego mais motivador e desafiante, numa área fundamental como é a das tecnologias de informação”.

Mais conhecimento para toda a gente

Será que a robotização contribui para uma democratização do conhecimento? A resposta positiva parece reunir a unanimidade das opiniões. Para Eduardo Castro Marques, “ao investimento na robotização e na inteligência artificial poderá associar-se uma maior potencialidade para o desenvolvimento de soluções inovadoras, para uma maior participação e colaboração coletiva na estratégia da empresa (e descentralização da tomada de decisões), com impactos positivos ao nível do (desejável) célere e eficaz acompanhamento das exigências de mercado. Mas deixa o alerta: “É, no entanto, essencial assegurar que ninguém é deixado para trás neste processo de transição digital.”

É, no entanto, essencial assegurar que ninguém é deixado para trás neste processo de transição digital.

Eduardo Castro Marques, sócio da sociedade de advogados Cerejeira Namora, Marinho Falcão

Sandra Fazenda Almeida frisa que, através da tecnologia, “as organizações estão a ficar cada vez mais inteligentes e com maior capacidade de resposta. Os processos de negócio são controlados em tempo real, a recolha de dados é permanentemente analisada e utilizada para criar valor, a oferta de produtos e serviços aos clientes é cada vez mais célere e adequada a consumidores cada vez mais exigentes e em constante mudança.” Ainda assim, a diretora da APDC admite que “há ainda claramente muito por fazer – por exemplo, estima-se que pelo menos 80% dos dados produzidos ainda não são estruturados –, mas o caminho é claramente este”.

Revolução digital

Eduardo Caria, responsável pela área de Transformação e Eficiência do Grupo Ageas Portugal, acredita que estamos perante uma “revolução digital” e que o mundo está sob pressão para operar de forma mais eficiente, servir melhor os clientes e proporcionar ambientes e condições de trabalho mais gratificantes para os seus colaboradores. O Grupo Ageas Portugal tem investido na melhoria e eficiência dos seus processos, apostando na automação, dedicando equipas internas à melhoria contínua e alavancagem de novas tecnologias (tais como a robotização, serviços cognitivos IA, algoritmos de decisão, entre outras…), tendo criado centros de excelência em automação e laboratórios de testes para o efeito.

Os frutos não se têm limitado a ganhos de capacidades e eficiência, mas também em tornar os processos e operações mais resilientes e com maiores vantagens ao nível da escalabilidade do negócio, sem que isso traga uma sobrecarga nas equipas operacionais. Um dos efeitos positivos chave, também se faz sentir ao nível do cliente, melhorando em muitos casos os tempos de resposta. Estes resultados também se têm refletido na valorização do trabalho dos nossos colaboradores, que têm substituído tarefas repetitivas por outras de maior valor acrescentado.

Estamos perante uma revolução digital e que o mundo está sob pressão para operar de forma mais eficiente, servir melhor os clientes e proporcionar ambientes e condições de trabalho mais gratificantes para os seus colaboradores.

Eduardo Caria, responsável pela área de Transformação e Eficiência do Grupo Ageas Portugal

Mas estes avanços tecnológicos fazem com que este ciclo de mudança seja rápido, inevitável e fortemente acelerado pela atual pandemia. A natureza exponencial das novas tecnologias fará com que o impacto das mesmas seja sentido muito mais rapidamente que no passado e haverá menos tempo para adaptarmos aos seus efeitos. É por isso essencial que, as empresas invistam desde já na adaptação sustentável das suas organizações e nas competências dos seus trabalhadores, preparando-os para os desafios do futuro.

O Grupo Ageas Portugal tem investido e continuará a investir, na requalificação (reskilling e upskilling) dos seus colaboradores, sendo que a agilidade e a adaptabilidade serão fatores críticos de sucesso, mas imprescindíveis para captar a retenção e atração de talentos.