Envelhecimento com saúde: como estar atento e prevenir
Melhorar e promover a saúde física, mental, social e espiritual é um objetivo essencial para uma vida alegre e com autonomia.
Publicado em 27 de Outubro de 2023 às 17:01
Por Grupo Ageas Portugal
Fatores como melhores condições de vida, uma alimentação equilibrada e saudável, exercício físico regular ou a existência de tratamentos avançados para diversas doenças têm contribuído para o aumento da longevidade. O desafio atual não é tanto o envelhecimento em si, mas sim o facto de a idade avançada estar frequentemente ligada a uma maior probabilidade de um estado de saúde deteriorado devido a doenças crónicas, como as doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, osteoporose e vários tipos de cancro.
Portanto, é crucial estar bem informado sobre a sua saúde, especialmente acerca das principais doenças que surgem após os 65 anos e, mais importante, como preveni-las. O tempo não pode ser revertido, mas é possível retardar o envelhecimento e adicionar anos de vida com qualidade.
As doenças mais frequentes após os 65 anos
- Artroses: a cartilagem que cobre a extremidade dos ossos desgasta-se, causando dor. Aparecem principalmente na coluna vertebral, anca, joelho, pés e mãos.
- Cancro da mama: é o tumor mais frequente nas mulheres, tendo em grande parte dos casos boa resposta aos tratamentos.
- Demências: são as doenças neurológicas crónicas mais relevantes na população idosa, sobretudo a doença de Alzheimer, embora as demências causadas por lesões vasculares cerebrais também sejam comuns.
- Depressão: ocorre devido à falta de objetivos, sensação de estar no fim da vida, problemas familiares, doenças crónicas, exclusão social, entre outros. As mesmas razões levam à ansiedade.
- Diabetes: torna-se mais comum à medida que se envelhece, tendo consequências graves quando não é controlada – enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros.
- Doenças da próstata: problema comum nos homens, associado ao avançar da idade.
- Doença de Parkinson: doença que causa tremores e problemas de locomoção, bem como demência.
- Doenças do olho: cataratas, doença macular relacionada com a idade e o glaucoma.
- Doenças do ouvido: a surdez é comum.
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: está relacionada, entre outras causas, com o histórico de tabagismo e exposição a tóxicos profissionais e ambientais.
- Hipertensão arterial: mais de 60% dos indivíduos com mais de 65 anos têm hipertensão arterial (HTA). Este é um fator de risco para o Acidente Vascular Cerebral (AVC), enfarte do miocárdio e complicações vasculares periféricas.
- Incontinência urinária: condição comum especialmente nas mulheres.
- Insuficiência cardíaca: resulta de várias causas, mas também da HTA e das sequelas deixadas por enfartes do miocárdio anteriores ou outras doenças cardíacas.
- Insuficiência renal crónica: à medida que se envelhece, o rim vai perdendo a sua capacidade de funcionamento, sendo por vezes necessário recorrer à diálise.
- Disfunção da tiroide: os sintomas podem ser confundidos com o próprio envelhecimento, dificultando o diagnóstico.
- Níveis de gorduras no sangue: podem levar a doenças cardiovasculares, a principal causa de morte nesta faixa etária.
- Osteoporose: a perda da densidade mineral óssea ocorre principalmente nas mulheres após a menopausa (mas também nos homens).
Prevenção é a chave!
Sabemos atualmente que a forma como envelhecemos depende do autocuidado e prevenção da doença. Verifique na lista abaixo quais os exames e rastreios recomendados. Em caso de dúvida, converse com o seu médico.
- Análises ao sangue: realizar anualmente.
- Densitometria óssea: percebe os efeitos da osteoporose, principalmente nas mulheres depois da menopausa. A realizar de dois em dois anos.
- Dosagens de vitamina D e cálcio: deteta deficiências de vitamina D e cálcio no sangue e ossos, alertando para o risco da osteoporose a partir da meia-idade.
- Eletrocardiograma: realizado anualmente, permite avaliar o estado do seu coração e sistema cardiovascular, doenças que são a principal causa de morte em Portugal.
- Exames aos olhos e ouvidos: fazer de dois em dois anos para detetar problemas como cataratas, glaucoma e possíveis perdas de visão. Igualmente, os rastreios auditivos devem ser feitos com a mesma periodicidade.
- Mamografia: um diagnóstico precoce do cancro da mama é fundamental, pois as mulheres entre os 40 e os 69 anos de idade são as principais vítimas do cancro da mama. Realizar todos os anos.
- Medição da tensão arterial: é essencial fazer o registo regular da pressão arterial, seja em casa, na farmácia ou na consulta com o seu médico, principalmente se já toma medicação.
- Papanicolau ou citologia: identifica alterações e doenças no útero, como inflamação, infeção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV) e cancro. A realizar mesmo após os 50 anos, independentemente de a vida sexual da mulher continuar a ser ativa ou não.
- Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF) e colonoscopia: são os exames identificados para o rastreio do cancro colorretal. A PSOF deve ser realizada de dois em dois anos e os casos positivos serão encaminhados para colonoscopia para diagnóstico.
- PSA e toque retal: avalia o risco de cancro da próstata, um dos mais frequentes e perigosos entre os homens. Devem ser realizados anualmente a partir dos 50 anos.
- Raio-x ao tórax: fazer uma vez por ano.
- Saúde oral: consultar um médico(a) dentista e despistar alguns problemas, eventualmente instalados ou que apresentam grande prevalência.
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